O debate sobre transporte individual privado no Brasil começou quando a Uber iniciou sua operação no Rio de Janeiro, em maio de 2014. Desde então, seis outras cidades no país ganharam uma nova opção de transporte – São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Goiânia e Campinas. A Uber encomendou uma pesquisa do Instituto Datafolha para compreender melhor como os brasileiros veem esse novo mercado em desenvolvimento.

Um dos resultados mais interessantes aponta que 95% dos entrevistados afirmaram que gostariam que os serviços da Uber fossem regulados no Brasil ou que a operação continuasse no país do modo como ela é atualmente (sendo que desse total 78% acreditam que o serviço deve ser regulado e 17% afirmaram que gostariam que a Uber continuasse operando como atualmente).

No Rio de Janeiro o número é ainda maior: 96% dos entrevistados acreditam que deve existir alguma forma de regulação ou que a Uber deva operar como é hoje (79% e 17%, respectivamente). Em Brasília, Belo Horizonte e São Paulo, 83%, 86% e 75% respectivamente afirmaram que querem que a Uber seja regulada.

Na primeira parte da pesquisa, os entrevistadores explicaram o conceito de intermediação de serviço de transporte individual privado por meio de aplicativo sem mencionar o nome de nenhuma empresa e perguntaram que avaliação os entrevistados faziam desse tipo de serviço. Um total de 73% dos respondentes afirmaram que esse tipo de serviço de transporte melhora as cidades, enquanto 20% afirmam acreditar que não há impacto algum.

Posteriormente, o Datafolha perguntou se os entrevistados conheciam e se tinham utilizado serviços da Uber. Os entrevistados que já haviam utilizado o serviço da Uber avaliaram-no com uma nota 8,9 do total de 10. Esse número evidencia a satisfação dos usuários em ter essa nova opção de mobilidade nas cidades.

Para essa pesquisa, 1775 entrevistas foram conduzidas em quatro cidades (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília). A amostragem inclui pessoas de todas as classes sociais, com 18 anos ou mais, e a margem de erro é 2 pontos percentuais. A conclusão é clara: a Uber deve estar nas cidades delas e deve ser regulamentada para beneficiar a população.