Segundo o levantamento, 46% dos que já dirigiram após beber justificam a atitude por falta de alternativa de transporte na época

O Carnaval é um dos feriados mais aguardados pelos gaúchos. Da folia dos blocos de rua até viagens ao litoral, há inúmeras oportunidades para se divertir. No entanto, muitas histórias ainda terminam em tragédia todos os anos por causa de acidentes envolvendo condutores alcoolizados.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o Carnaval é o feriado mais crítico de seu calendário de operações e a embriaguez ao volante está entre as principais causas da violência no trânsito nesse período. Os relatórios apontam que, de 2013 a 2018, ao todo 788 pessoas perderam a vida em acidentes nas estradas do país somente durante o Carnaval. Apenas neste ano, 1.610 motoristas foram flagrados no feriado por terem ingerido bebida antes de dirigir.

Nas cidades o quadro não é diferente, mas, de acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação Thiago Gonzaga, as novas opções de mobilidade urbana, como os aplicativos, podem ser decisivas para uma mudança no cenário.

O estudo inédito, executado pela PUCRS e apoiado pela Uber, procurou entender como os jovens de Porto Alegre estão incorporando a chegada de aplicativos em sua rotina. Segundo a pesquisa, entre os jovens que admitem já ter dirigido após beber, 46% justificam a atitude porque não tinham outra alternativa de transporte disponível à época.

Os dois fatores considerados pelos jovens como os mais importantes para a escolha do meio de transporte são preço (72% dos entrevistados) e segurança (52%). Para 85% dos entrevistados, os aplicativos são a melhor forma de voltar para casa depois de consumir bebida alcoólica.

O estudo aponta ainda que, entre os principais benefícios percebidos pelos jovens com a chegada dos aplicativos, estão poder consumir bebida sem ter de se preocupar em dirigir depois (49%) e a maior segurança proporcionada pelos apps (43%).

O relatório completo da pesquisa pode ser consultado aqui.

”Hoje, as pessoas, especialmente os jovens, têm a opção de deixar o carro em casa e de não pegar carona com alguém que bebeu, deslocando-se com tranquilidade e segurança”, afirma Diza Gonzaga, presidente da Fundação.

“Desde que começamos a operar em Porto Alegre, temos buscado contribuir para tornar o trânsito da região metropolitana menos violento ao oferecer mais uma opção econômica e segura de mobilidade”, analisa Fábio Plein, Diretor-Geral da Uber na Região Sul.

Em 2017, ano em que a Uber completou dois anos de operações e chegou a mais de um milhão de usuários na região de Porto Alegre, a capital registrou o menor número de mortes no trânsito em 20 anos.

“Ao unir forças com a Fundação Thiago Gonzaga, reforçamos nosso compromisso de, juntos, trabalharmos para ampliar a conscientização dos gaúchos em relação aos perigos da combinação de bebida e direção”, afirma Plein.